Ampliação da escala e velocidade das ações de restauração na Mata Atlântica será prioridade do movimento nos próximos anos
O Conselho de Coordenação do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica realizou no fim de maio uma reunião dedicada a avaliar conquistas e planejar o aumento da escala das iniciativas durante a Década da Restauração de Ecossistemas da ONU (2021-2030).
O encontro reuniu presencialmente pela primeira vez a nova composição do Conselho, que conta com 26 cadeiras, divididas proporcionalmente entre empresas, ongs, centros de pesquisa, associações e colegiados e órgãos de governo.
“O encontro reforçou a certeza de que temos lideranças muito dedicadas a alcançar as metas de restauração na Mata Atlântica, contribuindo para que o Brasil e o bioma cumpram seu papel no combate à mudança do clima”, avaliou Rubens Benini, coordenador nacional do Pacto.
“Temos um longo caminho pela frente e estamos confiantes de que conseguiremos ampliar o engajamento de parceiros e da sociedade para avançar na escala das ações, fortalecendo a cadeia da restauração e os benefícios sociais, ambientais e econômicos que ela traz”, pontuou o coordenador, que é líder da estratégia de restauração florestal da The Nature Conservancy (TNC) para a América Latina
O reencontro serviu para aprofundamento do planejamento estratégico do movimento, já que foi também o primeiro realizado presencialmente após a pandemia de Covid-19.
Foram revisitadas as estruturas internas, grupos de trabalho (GT) e linhas de atuação, para garantir que o movimento siga ampliando sua articulação e priorizando os esforços na necessidade de escalabilidade acima da média nos próximos anos.
“É muito bom ver o movimento sendo impulsionado por novas pessoas e instituições que certamente contribuirão ainda mais com a trajetória de sucesso dessa agenda na Mata Atlântica”, celebrou a conselheira Ludmila Pugliese, gerente de Restauração da CI-Brasil.
“Pessoalmente, é uma satisfação verificar que esses anos foram de consolidação e resistência do movimento, que resultaram no reconhecimento do trabalho como Flagship da restauração”, completou Pugliese, que coordenou o movimento entre 2019 e 2022
Em dezembro de 2022, o trabalho de restauração na Mata Atlântica foi reconhecido pela ONU como um dos dez mais promissores do mundo, sendo declarado World Restoration Flagship na Década da Restauração.
Próximos passos
Segundo o vice-coordenador do movimento, João Augusti, “o resultado da reunião de planejamento será recebido pela Coordenação nos próximos dias, será avaliado e ajustado com os inputs do Conselho e membros dos GTs, antes da divulgação aos mais de 330 membros e à sociedade em geral”.
“O objetivo é dar ampla divulgação e buscar engajamento para alcançarmos as metas propostas que levarão a escalabilidade da restauração da Mata Atlântica nos próximos anos”, projeta Augusti, que é gerente de Sustentabilidade da Bracell.
Após a consolidação e validação, a nova estrutura do movimento será apresentada pelos canais digitais do Pacto.
“Produzimos bastante coisa, foi bem oportuno analisar a renovação dos GTs, e agora é colocar em prática, sem se esquecer do que foi construído e deve ser complementado”, analisou a conselheira Ana Paula Silva, coordenadora de Projetos do Mater Natura.
“Eu vejo que a gente tem que estar preparado para fazer isso de forma rápida, que é o que o momento demanda, mobilizando ainda mais os membros e colocar o movimento para ser fortalecido ainda mais”, completou.
A reunião de planejamento do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica contou com o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, DAP, TNC Brasil e Bracell, além das instituições que viabilizaram a participação de seus representantes.
O próximo encontro do Conselho de Coordenação do movimento está previsto para o segundo semestre.