Na Associação Ambientalista Copaíba, produzir mudas nativas da Mata Atlântica, apoiar a iniciativa da restauração ecológica, elaborar os projetos técnicos, orientar, e dar toda assessoria para os proprietários de terra são ações lideradas por mulheres.
Elas coordenam suas equipes e, diariamente, superam obstáculos e novos desafios da temática de gênero. Lidar com as adversidades do campo e ainda conciliar os preconceitos levaram as coordenadoras dos setores de produção de mudas e da restauração florestal a se aliarem à sensibilização ambiental, desenvolvendo habilidades e estratégias para conquistar novos parceiros e plantadores de florestas na região das bacias dos rios do Peixe e Camanducaia – no sul de Minas Gerais e leste do estado de São Paulo.
São 200 propriedades parceiras que iniciaram a restauração ecológica em cerca de 350 hectares de áreas, por meio do plantio de 500 mil mudas.
A liderança feminina também tem se expandido para a tomada de decisão nas propriedades rurais. Cerca de 25% das propriedades rurais parceiras da Copaíba tem como suas representantes as mulheres. Isso é uma grande conquista. São elas que procuram o apoio e tomam a frente para iniciar o processo de restauração ecológica em suas propriedades.
Essa iniciativa fez com que duas dessas proprietárias de terra retribuíssem todo apoio recebido e doassem a propriedade para a Copaíba. Uma nobre atitude que permitiu ampliar o impacto positivo da restauração ecológica e atingir mais pessoas.
Cada vez mais as mulheres, coordenadoras de projetos ou proprietárias de terra, estão tendo voz e liderando a tomada de decisão dentro e fora das propriedades rurais, contribuindo para ações estratégicas de restauração ecológica e, consequentemente, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.