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Mulheres de ImPACTO – Mariana Oliveira

“Estar numa instituição liderada por uma mulher me trouxe a sensibilidade com o tema, enxergando a importância de estarmos e sermos representadas, ouvidas, respeitadas. Ser parceira, ser nutrida de informações de qualidade e envolvida na tomada de decisão é algo que traz confiança nas relações”

Sabe aquela pessoa agilizada? Então ela deve estar procurando a Mariana, pois ela já entregou o que a primeira precisava… Assim é essa geógrafa, que traz a tranquilidade de suas origens, em Poços de Caldas, MG associada ao senso de urgência da cidade onde mora, São Paulo.

Nascida e criada na região da serra da Mantiqueira, rodeada de muito verde, Mari conta que foi uma questão de tempo até perceber a sinergia com a temática ambiental e enveredar por esse caminho “ a partir daí, fui me aprofundando no tema até conseguir uma oportunidade profissional na área de sustentabilidade; e a cada dia vejo o quanto o tema tem impacto em nossas vidas e o quanto a escolha pelo tema me faz feliz”

Mariana atualmente dá suporte ao programa de Florestas e Água do WRI Brasil, organização sem fins lucrativos, focada em pesquisa e aplicação de metodologias, estratégias e ferramentas voltadas às áreas de clima, florestas e cidades. No último ano, Mari focou na aplicação da Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM) na porção paulista do Vale do Paraíba do Sul. “A experiência vem sendo muito desafiadora, mas contribuir com a rede de indivíduos e instituições e observar as lacunas para que a restauração ganhe escala começarem a ser preenchidas ao longo do projeto é muito gratificante.”

Sobre seu crescimento profissional, Mariana indica que representatividade importa à medida em que a presença de outra mulher de ImPACTO, Rachel Biderman – madrinha em nossa cartilha – a fez enxergar possibilidades e formas de atuação. “Estar numa instituição liderada por uma mulher me trouxe a sensibilidade com o tema, enxergando a importância de estarmos e sermos representadas, ouvidas, respeitadas. Ser parceira, ser nutrida de informações de qualidade e envolvida na tomada de decisão é algo que traz confiança nas relações”.

Assim ela indica que traços, considerados “femininos”, como empatia e ternura foram fundamentais no início sua vida profissional e são os que ela tenta compartilhar. E conhecendo tanto Mari como Raquel, posso dizer que essas são, sem dúvida, características agregadora de ambas!

Por outro lado, iniciativas de conservação e restauração exigem coordenação e articulação. Desta forma, tais características se tornam fundamentais para o sucesso dos projetos. Nas palavras de Marina “ O apoio da liderança é fundamental como catalisador de mudanças para uma dinâmica social mais equitativa”.

Antenada como relação ao momento atual e aos objetivos globais da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas), Mari indica a urgência de se acelerar o processo de empoderamento de mulheres, incluindo a temática nos projetos para compreender dinâmicas sociais e dar oportunidade aos indivíduos que não estão sendo ouvidos e representados.

Mais do que um olhar de observadora, como tudo que faz e se envolve, ela acredita que é possível promover a transformação, por meio da inclusão e cooperação, e para tanto, continuará atuando no caminho pela igualdade de gênero.

Como? Ela dá algumas pistas: sugere mudanças no comportamento, buscando equidade nas ações e rotineiramente avaliar os avanços.

“Mudar a realidade requer trabalho conjunto, entre homens e mulheres, requer determinação para continuar na luta e disposição para ser a própria transformação” finaliza Mari, com todo o pragmatismos e protagonismo que lhe são característicos.

Boa, Mari!

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