segundo Módulo da Formação de Multiplicadores Indígenas em Restauração Ecológica (MIRE)

Pacto participa do segundo Módulo da Formação de Multiplicadores Indígenas em Restauração Ecológica (MIRE) em aldeia Pataxó no sul da Bahia

Para o líder da força tarefa de monitoramento da restauração Ricardo Viani, vivenciar uma rica e intensa troca de experiência entre saberes indígenas e acadêmicos é essencial para ampliarmos o nosso entendimento do quanto a restauração ecológica envolve pessoas e sociedades com diferentes visões de mundo.

segundo Módulo da Formação de Multiplicadores Indígenas em Restauração Ecológica (MIRE)
segundo Módulo da Formação de Multiplicadores Indígenas em Restauração Ecológica (MIRE)

Entre os dias 16 e 21 de dezembro de 2024, o Pacto esteve representado pelo professor Ricardo Viani (Laspef/UFSCar), coordenador da força tarefa de monitoramento da restauração, no segundo Módulo da Formação de Multiplicadores Indígenas em Restauração Ecológica (MIRE). O MIRE é uma iniciativa conduzida pela Coordenação de Conservação e Recuperação Ambiental da Funai, no âmbito do Projeto BRA/13/019 – Implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além da FUNAI, várias instituições participaram deste segundo módulo, dentre elas o Pacto, principal coletivo em prol da restauração da Mata Atlântica.

O evento foi realizado no sul da Bahia, em uma das mais biodiversas regiões da Mata Atlântica brasileira. Especificamente, as atividades ocorreram na sede do Programa Arboretum, em Teixeira de Freitas-BA, e, principalmente, na Terra Indígena Barra Velha, do povo Pataxó, em Porto Seguro-BA. 

Este segundo MIRE teve como tema principal o monitoramento da restauração ecológica. Assim, durante o evento, que contou com a participação de 15 indígenas de 12 povos distintos e vários técnicos das instituições envolvidas, os participantes tiveram uma intensa troca de experiências, vivenciando, imersos em uma aldeia indígena, diferentes formas e possibilidades para se monitorar a restauração. 

Durante o evento, Ricardo Viani mostrou, de forma prática, como o Pacto propõe o monitoramento ecológico da restauração na Mata Atlântica. Porém, observou atentamente e interagiu e discutiu com os participantes diversas outras formas de se enxergar e monitorar a restauração ecológica, as quais, na cosmovisão indígena, frequentemente incorporam outras dimensões além da ecológica, como questões socioculturais e espirituais.

Para Ricardo Viani, participar do segundo módulo do programa de formação de Multiplicadores Indígenas em Restauração Ecológica (MIRE) representando o Pacto foi, além de importante para o movimento, uma experiência única e cativante:

“Vivenciar uma rica e intensa troca de experiência entre saberes indígenas e acadêmicos é essencial para ampliarmos o nosso entendimento do quanto a restauração ecológica envolve pessoas e sociedades com diferentes visões de mundo. Restaurar ecossistemas vai muito além de apenas recuperar processos ecológicos e conservar espécies ameaçadas. Ela envolve pessoas e, para o avanço rumo a uma restauração plena, é preciso ter uma participação efetiva dos povos indígenas nos coletivos biomáticos de restauração ecológica.”

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